Pedidos de brinquedos artesanais crescem para Dia das Crianças
Fabricantes do Alto Tietê aceleram produção para entregar pedidos.
Brinquedos ainda chamam atenção dos pequenos.
Em uma casa no em Poá (SP), faz dez anos que as bonecas de pano nascem com rapidez na máquina de costura da comerciante Hermelinda Nicola de Souza. "Antes eu participava de feiras de artesanato na Praça dos Eventos e vendia bastante boneca. Até que minha filha falou: 'mãe, vamos fazer juntas?', aí eu disse 'vamos', e foi aí que começou", se lembra.
O passatempo se transformou no principal negócio da família e, nesta semana, Hermelinda e a filha Kátia Regina de Souza aceleram a produção para entregar tudo a tempo. Segundo Kátia, com a ajuda da internet, as bonecas sairam de Poá para conquistar até mesmo outras culturas. Hoje, as bonecas já são vendidas nos Estados Unidos, no Japão e em países da Europa.
A correria para atender os pedidos na semana das crianças pode ser notada nas mesas de trabalho. Com pedaços de pano, a mesa lotada é apenas uma pequena parte das encomendas de acordo com as comerciantes. Segundo Kátia, o número de pedidos aumentou em quase 80%, em relação a 2013.
Mesmo com o aumento de pedidos, Kátia garante que consegue produzir tudo dentro do prazo. Apesar disso, a falta de mão de obra qualificada atrapalha o bom rendimento do serviço. "Nós estamos com muita dificuldade de mão de obra. Às vezes, quando o funcionário falta por algum motivo, as donas têm que entrar e substituir, né? Não podemos deixar o cliente na mão", explica.
Na casa da comerciante Vera Maria Martins Farias o barulho nas mesas de trabalho é outro: ao invés das máquinas de costura, a família de Vera trabalha com serras elétricas.
Nenhum brinquedo produzido na casa em Poá é moderno ou eletrônico. Segundo a comerciante, a ideia é resgatar a diversão com carrinhos, quebra-cabeças, bonecos; tudo de madeira.
Segundo Vera, o Dia das Crianças é a data mais esperada pela família, já que os pedidos aumentaram mais de 20% em relação a data no ano passado.
Para atender a demanda, a alternativa da família foi colocar todo mundo para trabalhar. "Todo mundo aqui é cheio de ideias novas sempre. Toda a família é cheia de boa vontade e aí a gente 'vai que vai'", diz sorrindo.
G1